terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A Conveniência da Crise

Para tudo e mais alguma coisa, existe sempre uma desculpa. A mais recente (desde início de 2008) é a recessão económica mundial - A tal Crise!

A custa dela, conseguem-se uns milhares de despedimentos, encerramentos de empresas na falência (mas que até tinham encomendas, e com o donos de BMW topo de gama).

À custa da crise, pedem-se apertos de cinto, peditórios, ajudas para Angola (onde a filha do presindente JES, comprou mais um banco português para o "salvar" da falência, coitado...) e outros, solidariedade para com os outros, em cada esquina dos centros comerciais apinham-se peditórios, para tudo que é organização..., algumas nem se sabe ao certo o que são, ... mas enfim a crise justifica tudo....

No entanto, vejamos, a SIBS bateu novos recordes de levantamentos de dinheiro nos multibancos em véspera de Natal.

Os destinos mais caros estão repletos de gente abastada (a pagar entre 350 e 6500 euros no fim de ano por pessoa)

As festas de passagem de ano, anunciam espectáculos pirotécnicos e musicais organizados pelas Câmaras Muncipais, cada um a custar vários milhares ou talvez milhões de euros, dos nossos impostos, só para queimar durante 10 minutos.

Vamos então entrar na onda e, aproveitar as (falsas) alegrias desses 10 minutos porque a "depressão pública", começa cedo, às 6h da manhã (ou até mais cedo), quando acordarmos para o país real, o daqueles que diariamente têm de trabalhar para produzir alguma coisa.

Desejo-vos uma utopia, "um ano de 2009 com preços mais baratos, e que os combustíveis venham para os valores dos 60, 70 centimos, e que o desemprego desça para -1%".

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

E a rua se vestiu de luto...


É assim que me a minha mente está, perante tamanha inconsistência de saberes, tradições, traições e ousadias. Os vermes mesmo nefastos, ajudam a degradar o que está podre. Assim se poderá enquadrar o comportamento das gentes que cospem no prato onde comeram . Também se costuma dizer que "as varejeiras procuram mais rapidamente a merda do que o mel."Mais pobres ficaram os mealhadenses, que com uma oposição miserável, não poderão aspirar a grandes opções no futuro. À semelhança da sua líder nacional, o PSD mealhadense está moribundo, perdido no tempo, sem rumo nem vela que lhe valha. "Homem do leme precisa-se", mas não apenas para aqui, o país todo está adormecido, empedernido e amordaçado, na subserviência ao PS e na lama em que os anteriores governos PS/PSD e o actual do PS, nos atiraram. Bancos, Fundações, Institutos Publicos, fugas para empresas privadas, o Governador do Banco de Portugal (dos mais bem pagos do mundo, à frente do responsável pelo tesouro dos EUA, imagine-se), tudo com a conivência dos amigos PS/PSD, que à frente das câmaras de televisão parecem ser inimigos. O lema na Assembleia da (Rês)pública deveria ser: "Aqui se juntam empresários, advogados, juízes, banqueiros, juristas e outros vigaristas".

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Avaliação dos professores

"Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc.).
Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, os médicos.
A carreira seria dividida em duas: Médico titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar) e Médico.
A avaliação seria feita pelos pares e pelo director de serviços. Assim, o médico titular teria de assistir a três sessões de consultas, por ano, dos seus subordinados, verificar o diagnóstico, tratamento e prescrição de todos os pacientes observados. Avaliaria também um portefólio com o registo de todos os doentes a cargo do médico a avaliar, com todos os planos de acção, tratamentos e respectiva análise relativa aos pacientes.
O médico teria de estabelecer, anualmente, os seus objectivos: doentes a tratar, a curar, etc.
A morte de qualquer paciente, ainda que por razões alheias à acção médica, seria penalizadora para o clínico, bem como todos os casos de insucesso na cura, ainda que grande parte dos doentes sofresse de doença incurável, ou terminal. Seriam avaliados da mesma forma todos os clínicos, quer a sua especialidade fosse oncologia, nefrologia ou cirurgia estética...
Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos "especialistas" na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim.
A questão é saber se consideram aceitável o modelo. Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?
Será?!
Já agora...
Poderiam começar a "experiência" pela Assembleia da República e pelos (des)governantes."


in Jornal do Centro. ed. 351.