quarta-feira, 9 de julho de 2008

O Banco de Terra


Perdoem-me por voltar à carga neste imbecil, mas de cada vez que abre a boca, parece que acabou de sair da pocilga de Oilantes.


Pela foto, deve estar a contar o número de Jovens que vão trabalhar a terra. É que provavelmente até os dedos de uma mão chegam...

Numa era fortemente mecanizada, como pode este indivíduo avulssar medidas de combate ao abandono das terras, "dando" a terra aos Jovens? Será que quer voltar aos 21% de população activa na agricultura de 1975, quando nos EUA já era apenas de 4%? Hoje Sr. Ministro, as pessoas querem empregos!

Onde se ganhe bem sem sujar as mãos! E de preferência com horário flexível, para poderem passar algum tempo do dia a empinar umas bijecas.

Trabalhar a terra é uma política puramente eleitoralista, desprovida de qualquer fundamento, em que as verdadeiras reformas na agricultura ficam para trás!

O carácter "aventureiro" da agricultura, associado à falta de empenho em especializar a agricultura nacional em produtos rentáveis, levou ao abandono há muito desta actividade por parte da população.

Criem-se verdadeiros incentivos a essa actividade, e as pessoas potencialmente interessadas aparecerão.

Que tal pensar em Seguros verdadeiros, que cubram prejuízos agrícolas de uma forma eficaz?
O que temos hoje em dia praticamente só funcionam num sentido -> o do pagamento do prémio à seguradora!

Fomentar uma política agrícola que permita o emparcelamento do minifúndio das Beiras e do Norte com apoio por parte das direcções regionais, para cultivos de espécies autóctones e altamente produtivas?

Implementar sistemas de regadio comunitário, rentabilizando os canais e evitando desperdícios de água.

Apoiar/dinamizar as cooperativas para escoamento de produtos. As que hoje existem apenas servem para vender pesticidas e pouco mais, aos preços da concorrência, sem qualquer benefício directo para o associado.

Apoiar a certificação de produtos regionais, como a certificação de qualidade de produtos oriundos da região (p.e. apoiar estudos que determinem quais as espécies de batata mais adaptadas à região da Bairrada, incentivando a sua cultura e certificação)

Há mais...

Mas, não lhe vou dar ideias, invente-as o Sr. que é para isso que lhe pagamos, estas são minhas e ficam aqui registadas.... se as quiser aproveitar, não se esqueça de referenciar o BLOG, senão acuso-o de plagiar as minha idéias.

O complexo Industrial do Cachão foi em tempos uma boa iniciativa abandonada por falta de orientação. Aprenda-se com os erros e corrija-se enquanto é tempo.

Cavaco Silva em tempos elogiou um empresário estrangeiro que se estabeleceu com fundos comunitários no Alentejo. Findos os quatro anos de produção obrigatória, o projecto faliu, e o empresário, nunca mais ninguém o viu por essas paragens.

Promova-se o que é nosso! Reconheça-se o seu valor!

Leitão de Oilantes, com ou sem ASAE é o melhor da Bairrada, mas terá de ser morto no quintal, pendurado durante duas horas num prego por detrás da porta, e assado no forno aquecido com vides.