quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Esta vida de Magalhães...



José MAGALHÃES, o homem das tecnologias do PS vê este ano o seu momento de glória aparecer. Ter um computador com o seu nome é apenas uma parte da homenagem ao ex-comunista, trazido para o PS pela mão de Jorge Sampaio.
O Sr. Internet, como lhe chamam, tem todo o mérito, uma vez que tem um passado todo ele ligado a esta área, embora a sua formação inicial seja o direito.
Houve quem pensasse que o nome era uma alegoria ao Fernão de Magalhães, mas não, enganaram-se, a este fica bem melhor.
Resende foi um dos primeiros concelhos a ter a distruição dos portáteis do Magalhães, apresentada pelo Sr. Primeiro-ministro com a revolução tencológica do ano. Foi-me no entanto segredado, por um amigo que trabalha nas finanças de Resende e que j´andou aqui pelos lados de "Ana Dias", que afinal os Magalhães ficaram na escola porque os pais nem sequer sabem o que fazer com o coitado do Magalhães.
Os Srs. governantes portaram-se tal e qual os miúdos da capital, que quando lhes perguntam "de onde vêm os ovos", respondem "do pingo-doce", desconhecendo a realidade do país em que vivem, porquesó saiem da capital em ocasiões festivas e de pura propaganda eleitoral.
Não coloco em causa que o projecto seja uma mais valia, condeno contudo a falta de sensibilidade dos responsáveis pela inicitiva, no que respeita à falta de formação, por parte de muitos pais pelo país fora. Deixar os filhos de 6 a 10 anos ou até 11, 12 anos, como "administradores " do seu equipamento, descurando completamente a componente protectora e educadora dos pais, enquanto pais e encarregados de educação, é a mostra completa de que este programa não passa de um show-off.
Aos pais cabe administrar e gerir o tempo de estudo e de trabalho dos seus educandos, situação difícil já por si só em regiões fortemente empobrecidas onde os familiares dos estudantes são na maioria dos casos, pessoas de baixo nível de escolaridade, que independentemente da sua vontade de quebrar as suas dificuldades do dia-a-dia, a info-exclusão é persistente.

Façam um exame de consciência, e olhem para a realidade do país: tecnologicamente evoluido, mas culturalmente pobre.

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